Francisco Antão e Diogo Oliveira (MERA)

PERMAFROST

CÉU DE VIDRO

THU, 17.NOV // 11.pm | performance, installation (MERA) 

PERMAFROST
(PT) Proveniente do cruzamento de práticas multidisciplinares e contaminação cruzada de processos sónicos, Permafrost sustenta-se numa série de modulações e desvios ficcionais aplicados a metodologias forenses. Apresentado num formato de autópsia – pensada como modo de acesso – sucede-se uma hibridização entre instrumentação cirúrgica e técnicas de captação sonora. Esta cirurgia, induzida por uma alucinação técnica, recorre a sondas electro-mecânicas para dissecar no espectro acústico diferentes unidades de refrigeração encontradas no local. Atraída por estados transitivos entre vida e morte, a investigação alastra-se para zonas intersticiais, sintoniza-se com frequências subjacentes da matéria, catalisa a colisão de detritos espectrais e conspira contra práticas materiais.

(ENG) Coming from the crossing of multi- disciplinary material practices and interrelation of sonic processes, Permafrost sustains on a series of diversions applied to forensic methodologies. Drawn by states adrift between life and death, the on-going investigation creeps in to interstitial zones, plotting death driven navigation sites and outputting cartographic models of the flatline rift. Making use of electro mechanical probes, an autopsy will be performed in-situ on found refrigeration units – an engine grounded on decay and putrefaction agencies. Exhumation becomes then an access mode, a tool that allows one to tune in into the underlaying pulsating frequencies of matter. A cluster of spectral debris cross mapped into a sonic blueprint – a script on technical hallucinations and material conspiracies.

 

(1) Francisco Antão (Porto, 1994);
Produtor, músico e artista sediado no Porto. Inicia o percurso académico em Engenharia Electrotécnica e Computadores na FEUP, é licenciado em Som e Imagem na Escola das Artes da UCP onde frequenta actualmente o mestrado em Design de Som. Frequentou ainda o Masters Programme in Sound na Aalto School of Arts, Design and Architecture em Helsínquia. Tem activo um programa de investigação em ciber-tráfico, manifestável sob a forma de unidades de terror, motores de hiper-colisão, sistemas de exumação e reliquiários espectrais. Opera mesas de mistura, trafica codecs de aúdio em clubes e sofre de bruxismo crónico nos tempos livres.
Colabora com a associação SOOPA desde 2019, através da qual incorpora parte da equipa técnica e criativa como designer de som/programador nas peças de Jonathan Saldanha, das quais se destacam Mercúrio Vermelho (2020), Lithium Faust (2021), e actualmente a peça Lago Libidinal (a estrear em 2022). Ainda dentro das artes cénicas, começa também a colaborar com a coreógrafa Luísa Saraiva como construtor sonoro. Ainda em 2022 apresenta a peça C-Pentane (MaerzMusik, integrado no Berliner Festpiele, Berlim); colabora com a artista Mariana Sardon no ciclo de performances de ativação da
exposição do artista Tarek Atoui: O testemunho das águas (Fundação de Serralves, Porto); expõe a obra 23323533 28958 em colaboração com Diogo Oliveira como M0T0R1K (Galeria Ocupa, Porto); Em 2021 Apresenta Adufes&Pandeiros com Jorge Queijo (Understage, Rivoli); é co-criador musical na peça Uber Alles de Carlos Azeredo Mesquita; Apresenta-se ainda em contexto radiofónico na Rádio Estação, Rádio Quântica, Teia, Noods(UK) e Domes FM(UK); Entre 2020-2017 Apresenta Swarm OR The Transparency Of Evil (Festival Semibreve, Braga), Máxima Intrínseca com Mariana Vilanova (Planetário do Porto); Conta regularmente com outras colaborações c/ Mauro Ventura, Ácida, Berru, Favela Discos, Lovers and Lollypops, Ócio, entre outras;

(2) Diogo Oliveira (n. 1990);
Licenciado em Design de Comunicação, vive e trabalha na cidade do Porto. Actualmente responsável e coordenador do departamento de artes gráficas da Oficina de Tipografia da Escola Superior de Artes e Design Matosinhos, ESAD. Partilha a sua exploração artística entre o Design Gráfico, Artes Gráficas, Música e Artes Cénicas. Expõe em 2022 a obra 23323533 28958 em colaboração com Francisco Antão como M0T0R1K (Galeria Ocupa, Porto); Em 2020 o seu percurso musical conta com alguns live acts com Spiralparker c/ Francisco Antão (Alínea A); Entre 2020 e 2018 integra a banda Pervert Wasp, sediada em Nottingham UK; “a harness wild experimentation, sporadic improvisation and thematic composition to achieve hypnotic intensity”. Somam-se à lista de contribuições Nottingham Contemporary (UK), Vitrine Gallery (UK/CH) Rough Trade Nottingham (UK), Dizzy Ink (UK), Wiflex City Festival (UK), MERA Label (PT), Berru Colectivo (PT), Teia (PT), Fundação Calouste Gulbenkian, Trent University School of Art Nottingham (UK);